Golpes bancários estão cada vez mais frequentes e atingem especialmente quem não está habituado com as novas tecnologias.
Com o aumento das transações digitais, também aumentou a criatividade dos criminosos. Infelizmente, muitas vítimas só percebem que foram enganadas quando já perderam dinheiro.
Por isso, é fundamental aprender como esses golpes acontecem e o que você pode fazer para se proteger.
A boa notícia é que, com algumas atitudes simples, você consegue reduzir muito os riscos.
O que são golpes bancários?
Golpes bancários são fraudes cometidas visando obter dados financeiros ou desviar dinheiro diretamente das contas das vítimas.
Eles podem ocorrer de diversas formas, como, por exemplo, por telefone, mensagens de texto, redes sociais, e-mails ou até presencialmente.
Os criminosos usam táticas de engenharia social, ou seja, exploram a confiança e o desconhecimento das pessoas.
Por exemplo, há quem receba uma ligação dizendo que seu cartão foi clonado, e que precisa ser entregue a um “funcionário do banco”.
Outros recebem links por SMS ou WhatsApp que prometem promoções ou exigem atualização de dados, mas levam a sites falsos criados para roubar informações.
Por que pessoas acima de 40 anos são alvos frequentes?
Pessoas com mais de 40 anos, principalmente aquelas que não têm tanta familiaridade com a internet, acabam sendo mais visadas por golpistas.

Isso ocorre porque esse grupo costuma ter contas bancárias com saldo mais estável, além de tenderem a confiar em abordagens formais ou em nomes de instituições conhecidas.
Além disso, muitos não sabem reconhecer um link falso, um número de telefone disfarçado ou um site malicioso.
Como não nasceram na era digital, esses usuários nem sempre estão atualizados sobre os novos formatos de golpe, e essa desinformação se torna uma brecha para os criminosos.
Como funcionam os principais golpes bancários?
É importante conhecer os golpes mais comuns para saber como evitá-los.
Um dos mais praticados é o golpe da central falsa, onde o criminoso se passa por funcionário do banco, diz que a conta foi invadida e pede que a vítima confirme dados ou entregue o cartão.
Outro golpe recorrente é o phishing, que chega por e-mail ou mensagem. O criminoso envia um link falso, que ao ser acessado, pede informações pessoais ou bancárias.
Os golpistas também aplicam golpes de boleto falso, gerando documentos aparentemente legítimos com seus próprios dados bancários.
Adicionalmente, há os aplicativos falsos de banco: a vítima baixa um app que parece original, mas que apenas copia informações digitadas.
Golpes por ligação: como identificar e se proteger
Os golpes por telefone crescem justamente porque dão a sensação de urgência e confiança.
Normalmente, o criminoso liga dizendo ser de uma instituição financeira, policial ou órgão oficial, e alerta sobre movimentações suspeitas na conta da vítima.
O principal sinal de alerta é a pressa. Se a pessoa do outro lado exigir decisões rápidas, como confirmar senhas, transferir dinheiro ou entregar cartões, desligue imediatamente.
Além disso, nunca forneça dados pessoais por telefone. Bancos nunca pedem senhas ou códigos de verificação dessa forma.
Se tiver dúvida, ligue diretamente para o número oficial do seu banco. Jamais confie em números enviados por SMS ou WhatsApp, mesmo que pareçam verdadeiros.
Golpes via internet e redes sociais
As redes sociais são terrenos fértil para golpes bancários. Um dos mais comuns é o perfil clonado, quando criminosos se passam por familiares ou amigos para pedir dinheiro.
Outro exemplo são anúncios falsos com ofertas imperdíveis, que direcionam o usuário para páginas fraudulentas.
Para evitar esses golpes, desconfie de pedidos urgentes vindos de conhecidos e verifique pessoalmente antes de transferir qualquer valor.
Também é essencial verificar se o site tem “https” no início do endereço e se há selos de segurança.
Evite também clicar em links de promoções recebidos por redes sociais, especialmente se forem encaminhados por terceiros ou grupos desconhecidos.
Cuidados com senhas e dados pessoais
Outro ponto vital é a segurança das suas senhas. Nunca use datas de nascimento, nomes de filhos ou sequências fáceis como “123456”.
Sempre que possível, ative a autenticação em duas etapas nos aplicativos e sites que permitem isso. Essa função adiciona uma camada extra de proteção.
Jamais anote senhas em locais visíveis ou compartilhe com terceiros, mesmo que sejam familiares.
Além disso, evite usar Wi-Fi público para acessar sua conta bancária, pois essas redes são menos seguras e facilitam a interceptação de dados.
Vale ressaltar que cartões de crédito e débito também devem ser protegidos. Cubra o teclado ao digitar a senha e nunca empreste seu cartão.
Como agir se você cair em um golpe
Se perceber que caiu em um golpe, a primeira atitude é manter a calma.
Em seguida, entre imediatamente em contato com o banco para bloquear sua conta ou cartão e registrar o ocorrido. Muitas instituições oferecem suporte 24 horas e podem tomar providências urgentes.
Depois disso, registre um boletim de ocorrência na delegacia ou por meio da Delegacia Eletrônica. Guarde todas as provas do golpe: mensagens, áudios, links e capturas de tela.
Esses documentos ajudam nas investigações e podem facilitar a reversão do prejuízo, se for o caso.
Também é válido informar amigos e familiares para evitar que outras pessoas da sua rede caiam no mesmo golpe.
Atenção redobrada com novos formatos de golpe
Além dos formatos já citados, os criminosos estão inovando.
Um exemplo recente são os golpes com inteligência artificial: golpistas imitam a voz de familiares ou criam vídeos falsos para pedir dinheiro.
Por isso, redobre a atenção com mensagens e chamadas que parecem estranhas ou fora do comum.
Os golpistas aplicam cada vez mais o golpe do falso empréstimo online, no qual induzem a vítima a fornecer dados e pagar taxas antecipadas por um crédito que nunca liberam.
Nunca pague adiantado por um serviço que você ainda não recebeu. Desconfie de promessas fáceis e rápidas de dinheiro.
Informar-se é a melhor forma de prevenção contra golpes bancários
Diante de tantos golpes bancários, o maior aliado é o conhecimento.
Entender como os golpistas agem, quais sinais observar e como proteger seus dados pode evitar muitos transtornos e prejuízos.
Por isso, mantenha-se sempre informado, compartilhe essas orientações com quem pode estar vulnerável e adote hábitos seguros nas suas transações bancárias.
Pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença no seu bem-estar financeiro.
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